Tristes e Felizes Retornos
- decasweb
- 7 de ago. de 2022
- 5 min de leitura
Atualizado: 10 de ago. de 2022

Olá,
Sejam muito bem vindos ao blog!
A semana que se encerra e a que agora se inicia guardam uma característica em comum entre elas: os retornos.
A que provavelmente vai gerar a maior repercussão será o de Lisca ao Independência depois de mais de um ano, agora no comando do Santos. Técnico extremamente controvertido do futebol brasileiro, mas também muito estudioso, nosso ex-treinador fez um ótimo trabalho no América e sua saída deixou uma legião de admiradores, quer seja pelo seu estilo de jogo, pela sua forma de enaltecer a história do clube e seus feitos do passado, ou por brigar e exaltar publicamente as conquistas recentes alcançadas pelo nosso decacampeão. Lamentavelmente no início do Brasileirão do ano passado, Lisca se perdeu no comando do alviverde, talvez pelo excesso de exposição na mídia nacional e um certo deslumbramento pelo sucesso que vinha obtendo, ou por não mais conseguir transmitir aos jogadores a mesma vibração à beira do campo. Apesar do respeito e admiração que passou a ter do torcedor americano, espera-se que Lisca esteja em um dia ruim e de pouca inspiração no próximo domingo, e que Mancini, de temperamento totalmente contrário ao dele, saia de campo vitorioso.
Outro retorno, mas não muito feliz, foi o da discussão a respeito da saída de Jailson do Coelhão. Em entrevistas ao podcast do GE Palmeiras e ao portal Superesportes, sem citar nomes, nosso ex-goleiro disparou contra Matheus Cavichioli, o chamando entre outras coisas de “ciumento”, “mau caráter”, de “leva e trás” e de estar com 130 kg. Evitando polemizar a respeito, Cavichioli afirmou no “Terça do Coelho” do canal “Decadentes” no You Tube, que a resposta dele é “com trabalho”.
Pelo pouco tempo de convivência entre os dois goleiros no América, tudo indica que o desentendimento entre eles tenha origem em outras épocas, provavelmente pelo fato dos dois terem tido em determinado momento de suas carreiras o mesmo empresário e jogarem na mesma posição. Talvez, um dia, um deles tenha “roubado” a oportunidade do outro, quer seja aceitando uma proposta em condições inferiores às exigidas pelo seu concorrente direto ou vetando a contratação do outro para um mesmo clube. O encontro dos dois no América e a recuperação e retorno aos gramados extremamente rápidos de Cavichioli, parece ter sido a faísca que faltava para deflagar a desavença entre eles. Entre um goleiro de 41 anos, sem identificação com o clube e que pretendia parar de jogar futebol já no ano passado, e outro, de 36 anos, há dois anos no alviverde, sem previsão de parar com o esporte e ídolo do Coelhão pelas temporadas recentes que realizou, o América acertou em preferir o segundo. Jaílson foi importante na Libertadores, mas até por se dizer um homem “de coração puro”, deveria ter evitado toda esta celeuma, que não ajuda a ele, nem ao América e tão pouco chega a prejudicar a imagem totalmente diferente de que os torcedores americanos têm de Cavichioli. No final das contas, quem ficou com a fama de “ciumento” foi justamente o ex-goleiro palmeirense.
Mas entre tantos retornos, o mais desejado e feliz aconteceu no sábado, quando o Coelhão voltou a vencer pela primeira vez na temporada por três vezes consecutivas (e olha que já estamos em agosto!!). Apesar do futebol burocrático e de jogar de uma maneira mais reativa do que de costume , o América conseguiu controlar uma equipe considerada concorrente direta na briga pela permanência e aparentemente Mancini resolveu mudar a forma de atuar da equipe. Ao invés de jogar com linhas mais altas e pressionando constantemente a saída de bola do adversário, agora tem se postado mais atrás, marcando dentro de seu campo e evitando um distanciamento maior entre linhas como vinha ocorrendo com frequência. A vitória fora de casa leva o time de volta à primeira parte da tabela e abre uma diferença confortável do Z4.
Que no próximo domingo, contra o Santos, o retorno seja o das vitórias que vinham se tornando cada vez mais comuns nos últimos anos em cima do peixe. Que o torcedor americano também retorne ao Indepa para poder torcer, incentivar e comemorar.
Prá cima deles, Coelhô !!!!
RAPIDINHAS
Ótima arbitragem de Edina Alves Batista, sumida até então da Série A, na partida de sábado contra o Juventude. No entanto ficou uma curiosidade: será que em campo os jogadores a chamam de “professora”?
Já que falamos tanto em retorno neste post, repetindo um “papelão” já ocorrido na estreia do novo uniforme do América no ano passado contra o Corinthians, quando os números das camisas dos jogadores se descolaram durante o jogo, contra o Juventude, Benítez entrou em campo utilizando a camisa gravada com o nome do volante Flávio e com esta identificação tampada por uma fita adesiva de pouca eficiência e que também se soltou. Além do risco do “dono” da camisa contaminar o futebol do argentino recém-adquirido, parece estranho que ninguém no clube tenha providenciado uma camisa com a numeração e nome corretos para Benítez utilizar, sendo que na própria loja do clube é possível fazer a fixação na hora, do número e nome que se desejar. Vergonha desnecessária para a imagem da instituição, da fornecedora do material esportivo e do próprio profissional.
Vergonha à parte, Benítez depois de uma boa estreia, mas de curta duração contra o Avaí, voltou a fazer uma boa partida contra a equipe gaúcha, desta vez começando entre os 11 iniciais. Com apenas os minutos jogados contra os dois times do Sul do país, o argentino já conseguiu superar a minutagem em campo com a camisa americana que detinham Berrío, Isaac, Luis Fernando, Lohan e talvez até de Yan Sasse. Será que o “homem do sofá” @adolfoparenzi tem um ranking a respeito? Cavichioli voltou a fazer importantes defesas e garantir a vitória americana, mas não tem conseguido repetir as reposições de bola com a mesma qualidade que fazia na temporada passada. Tendo dois jogadores rápidos como Everaldo e Pedrinho pelos lados do campo, é mais do que necessário que o nosso goleiro tenha maior precisão nos lançamentos que faz para ambos. Destaque ainda para o bom jogo do zagueiro Éder.
Apesar de algumas críticas já feitas por este blog à Rádio Itatiaia , como a de priorizar excessivamente os nossos rivais em suas transmissões esportivas a ponto dos jogos do América serem disponibilizados apenas pelo canal da empresa no YouTube, há que se reconhecer a presença constante e muitas vezes única da emissora e de seu repórter Adilson Martins nas entrevistas coletivas pós-jogo do técnico Vágner Mancini, fora de casa. Se a torcida americana tem motivos para se queixar da Itatiaia, o que dizer em relação às demais emissoras, que se limitam a estar "in loco" do Coelhão somente nos jogos que acontecessem no Independência? A destacar também positivamente, a narração cada vez mais "americanizada" de Ênio Lima, que incluiu um gorro com as cores do clube contra o Juventude e a presença constante da estatueta do Coelhão ao seu lado em suas transmissões.
Para finalizar e para aqueles que ainda não sabem, esta semana estreou o podcast “Santos Americanos”, com a participação deste que lhes escreve. Embora o nome do programa possa não parecer apropriado para uma semana em que enfrentaremos justamente o time do litoral paulista, o podcast traz o retorno de Marcão do Castelo como membro fixo, famoso por seu blog e participações em diversos programas de conteúdo do Coelhão, em um bate-papo descontraído entre americanos. Para ouvir, basta digitar “Santos Americanos” no campo de pesquisa de qualquer um dos seguintes distribuidores de podcast: Spotify, Anchor, Amazon Music, Radio Public, Pocket Casts, Apple Podcasts e Google Podcasts. Sugestões de pautas e comentários podem ser enviados para os perfis @decasweb e @marcaodocastelo no instagram e twitter, e também aqui no blog.
Abraços e até a próxima semana!
Cesar Webby
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Foto: América FC
Parabéns pelo texto e pelo Podcast Santos Americanos. Bem observada a mudança tática feita pelo Mancini, aproximando as linhas e reduzindo aquele espaço no meio de campo que foi muito prejudicial em algumas derrotas e empates. Podemos observar que, com essa mudança, até o futebol de Juninho e Kal começou a melhorar um pouco, assim como o de Matheusinho. Benítez, mesmo com camisa errada (lamentável uma segunda ocorrência com o uniforme do América), tem mostrado o seu valor e que poderá ser considerada uma excelente contratação. Infelizmente, o Sofá Americano não tem dados coletados há mais tempo para avaliara minutagem de alguns jogadores, mas creio que faltam poucos minutos para ultrapassar Lohan e Yan Sasse.
Domingo a noite e vamos de leitura!
Parabéns pelo trabalho, César!