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A Legião Estrangeira Americana

  • Foto do escritor: decasweb
    decasweb
  • 14 de ago. de 2022
  • 8 min de leitura

Olá,


Sejam muito bem vindos ao blog!


Em um final de semana em que celebramos o Dia dos Pais, os torcedores americanos tiveram também a oportunidade de comemorar a quarta vitória seguida no Brasileirão e a chegada de dois novos reforços: Emmanuel Martínez e Gonzalo Mastriani, vindos do Barcelona, do Equador. Com eles o América encerrou as contratações de meio de ano, já que a janela de transferências se fecha neste 15 de agosto, e com a vitória contra o Santos, se consolidou na primeira parte da tabela de classificação da Série A.


Os mais pessimistas poderão dizer que dificilmente a aquisição em definitivo dos passes de Martínez e Mastriani, respectivamente com 28 e 29 anos, e contratos de 3 anos de duração, permitirá uma venda futura a ponto de recuperar o valor agora investido, mas os resultados a serem conquistados com ambos em campo, podem sim vir a compensar a negociação novelesca de compra concluída na semana passada.


Embora o recomendado seja sempre o de aguardar uma sequência de jogos de qualquer reforço para certificarmos se foram efetivamente boas contratações, não há como não se ter esperanças que isso se concretize e elogiar a mudança de postura da diretoria alviverde ao contratar os dois “importados” do Equador. Se em posts anteriores tecemos críticas, neste, aplaudimos.


Com a vinda de mais dois “gringos” ao elenco americano, o clube passou a ter uma legião de estrangeiros formada por sete jogadores de outras nacionalidades à nossa e atingiu a cota limite da CBF, que prevê a utilização de no máximo cinco deles por jogo. Mas embora a principal meta do decacampeão para este ano, seja a de garantir a permanência na Série A, aos poucos a diretoria vai (re)montando o elenco para 2023.


As mudanças que começaram antecipadamente com as saídas não planejadas de Jaílson e Paulinho Bóia, seguiram com os desligamentos recentes de Berrío, Eduardo e Kawê. Com a contratação de Ricardo Silva, a tendência é que o argentino Germán Conti, cujas atuações não entusiasmaram, perca espaço até mesmo no banco de reservas e saia ao final do ano quando encerra o seu contrato, possivelmente para voltar ao Bahia, onde se destacou. Como Maidana e Éder têm contratos até o final de 2023 e 2024 respectivamente e estão garantidos no elenco para o próximo ano, fica a dúvida sobre a permanência de Luan Patrick, emprestado pelo Athletico, que a princípio fica só até dezembro. Com o empréstimo de Gustavo Marques para o Torrense de Portugal, e com uma vaga de zagueiro em aberto, a diretoria poderá optar por apostar em um outro garoto vindo da base para a próxima temporada.


Nas laterais, apenas Marlon, adquirido ano passado junto ao Sampaio Corrêa, está garantido para 2023. Cáceres, Patric, Danilo Avelar e João Paulo tem seus vínculos se encerrando em dezembro próximo. De todos, João Paulo, já com 36 anos e com muitas lesões recentes, é o mais provável a não permanecer e talvez até encerrar a carreira. Embora esteja treinando normalmente com o grupo, há tempos não é relacionado nem para o banco. Por outro lado, se a intenção for a de reduzir o número de estrangeiros, Cáceres é um nome que poderá ser trocado por um outro lateral, mesmo que ele não tenha comprometido e nem seja pior que Patric. Avelar, após ter passado pelo problema de não encontrar um novo time para poder jogar por conta da questão racista em que esteve envolvido, tem passe preso junto ao Corinthians, e pode querer voltar a jogar pelo time paulista. Já Patric, mesmo com os seus 33 anos, tem o perfil típico de jogador que deve continuar no elenco, especialmente porque Artur, embora tenha qualidades e possa ser aproveitado nas duas laterais, ainda é muito novo e precisa de mais rodagem para se firmar como titular.


Se nas laterais podemos perder 4 das 6 opções atuais, no meio de campo a mudança pode ser ainda mais radical. Zé Ricardo, Valoura, Flávio e Índio Ramirez, pouco aproveitados neste ano, tem contrato até o final de 2022. Se considerarmos que Ramírez, o mais acionado entre eles por Mancini, não justificou a sua vinda, teremos possivelmente um estrangeiro a menos para 2023. Seu destino natural seria retornar ao Bahia junto com o Conti, após o provável acesso do tricolor baiano da B para a A. Lucas Kal, Juninho e Alê com contratos vencendo só a partir do final de 2023 são nomes certos no elenco que permanece.


Com a chegada de Martínez, quem pode vir a não permanecer para a próxima temporada é o argentino Benítez, com contrato recente, mas de curta duração (só até dezembro). Pesa contra ele, o histórico de lesões em suas passagens pelo Vasco, São Paulo e Grêmio e as experiências recentes e negativas do América com outros atletas que tiveram problemas com lesões no passado e que acabaram jogando pouco pelo clube, como aconteceu, por exemplo, com Berrío, Eduardo, Luis Fernando, Guilherme e Lima.


Entre os centroavantes, Wellington Paulista, com 38 anos, três lesões no ano e contrato até o final de 2022 possivelmente não deve ficar. Apesar da dificuldade em se manter em boa forma física, Aloísio, um pouco mais novo, com 34 anos, e considerado um estrangeiro por ter se naturalizado chinês, tem contrato até o final de 2023. Henrique Almeida, com 31 anos, muito contestado no início, e com contrato “por produtividade” se encerrando em dezembro é uma incógnita. Do grupo atual era o jogador de que menos se esperava, mas acabou conseguindo uma sequência boa de jogos, fazendo gols e não se machucou em nenhum momento.


Entre os jogadores de beirada, Everaldo, emprestado pelo Corinthians e Pedrinho emprestado pelo RB Bragantino, tem contratos finalizando também em dezembro próximo. Mastriani, recém chegado, é uma opção para o lado esquerdo, embora jogue também como centroavante. Apesar dos seus 35 anos e contrato se encerrando em dezembro, Felipe Azevedo, deve renovar por mais um ano, considerando que tem participado de todas as partidas no Coelhão na Série A e Copa do Brasil. Matheusinho, que vem melhorando a cada jogo com Mancini e alternando jogos pelos lados e pelo meio, é outro com contrato mais longo e com quem o clube acredita que ainda conseguirá fazer dinheiro.


Apesar da atual legião de sete estrangeiros, poder se reduzir a apenas três membros em 2023 (Aloísio, Mastriani e Martínez), o que o torcedor do Coelhão espera mesmo é que o atual elenco mantenha o desempenho recente de vitórias em sequência e a permanência na A seja conquistada, quem sabe, com uma outra vaga na Libertadores. Afinal de contas, como cantaria uma outra legião, a urbana:


Será só imaginação?

Será que nada vai acontecer?

Será que é tudo isso em vão?

Será que vamos conseguir vencer?


Se depender da torcida americana, vamos continuar vencendo, e a próxima vitória já está marcada para a próxima quinta-feira, contra o São Paulo, pela Copa do Brasil.


Vamos prá cima deles, Coelhoooo!!!


RAPIDINHAS

Embora não fosse um adversário invencível, acredito que poucos americanos contavam com uma vitória sobre o Santos neste domingo, na soma de pontos para chegar aos almejados 45. Faltando 16 rodadas para o fim do Brasileirão e tendo ainda pela frente adversários como o Coritiba, Cuiabá, Ceará, Goiás, Botafogo, Bragantino, Atlético-GO e Fortaleza, é difícil imaginar que não vamos conseguir 5 vitórias pela frente contra estas 8 equipes. Contra São Paulo e Athletico, o América também tem chances de surpreender pelo fato dos dois times estarem envolvidos com a disputa de Libertadores, Sul Americana e Copa do Brasil e possivelmente terão de poupar alguns jogadores quando nos enfrentar pelo Brasileiro. Embora tenham elencos melhores e mais caros, Internacional, Fluminense, Corinthians e o time de Vespasiano tem se mostrado instáveis e uma vitória contra qualquer um deles é possível. Flamengo e Palmeiras em ótimas fases, serão difíceis de serem batidos, mas dependendo da situação do Coelhão na tabela, a comemoração por um simples empate está liberada.


Contra o Santos, Mancini voltou a jogar com linhas baixas e marcando praticamente só depois do adversário ter passado do meio de campo. Segundo ele, o time jogou assim porque o time santista gosta de jogar no contra ataque, mas essa tática foi adotada também nas últimas vitórias contra o Atlético-GO, Avaí e Juventude, talvez até pela entrada de Benítez no meio, que não tem o mesmo poder de combate que tem Alê, por exemplo. Além disso, até a 21ª rodada, o América era a equipe que mais tinha levado gols em contra ataques. Uma hora, Mancini ia ter que corrigir isso e parece que com as últimas semanas livres, finalmente ele conseguiu o objetivo com a adoção de uma marcação mais baixa e linhas mais próximas. Apesar do gol, Pedrinho abusou mais uma vez das jogadas individuais, mas quando resolveu jogar com o time, não encontrou em campo, quem o ajudasse melhor nas finalizações. Everaldo não fez um bom primeiro tempo e no segundo, quando esteve melhor, cansou e deu lugar a Matheusinho que tem se mostrado um novo jogador nas mãos de Mancini. Destaque para as partidas seguras de Éder e Maidana e para mais uma partida em que Cáceres não conseguiu terminar com problemas físicos.



Quinta-feira é dia de todo americano se esforçar um pouquinho mais para ir ao Independência e torcer pelo time contra o São Paulo. São oito milhões de reais em jogo e a possibilidade de disputar a segunda semifinal da Copa do Brasil nos últimos três anos. Embora Mastriani, Benítez e Martínez não possam jogar por não terem sido inscritos para esta fase da Copa do Brasil, o América vai pro jogo motivado pelas recentes vitórias e reforçado pelos jogadores que saíram recentemente do DM. É hora de ir a campo e levar um outro americano junto. É hora do torcedor retribuir a campanha que o clube vem realizando nesta segunda fase do ano.



Embora o Dia dos Pais já tenha passado, fica aqui a minha homenagem a todos os pais americanos e de todas as gerações, especialmente ao meu pai de quem herdei a torcida pelo nosso decacampeão. Minha escolha em ser americano tem muito a ver com o fato dele ter me levado ainda muito pequeno, para assistir ao meu primeiro jogo de futebol “ao vivo” no extinto Estádio da Alameda e a vários outros no Mineirão. Além de agradecê-lo por ter me feito um americano, devo a ele a felicidade de me proporcionar até hoje a oportunidade de poder assistir aos jogos do América ao seu lado, mesmo que agora seja só pela televisão. Que todos os pais americanos saibam valorizar os momentos que passam com seus filhos e que estes saibam trilhar o mesmo caminho dos seus pais. Por isso fica aqui o meu conselho: Levem sempre que possível seus filhos ao Independência. Mesmo que isso só seja percebido muitos anos depois, com certeza isso marcará a vida deles.



Se você ainda não ouviu ou não conhece, todas as sextas-feiras tem um episódio novo do podcast “Santos Americanos”, disponível no Spotify, Anchor, Amazon Music, Radio Public, Pocket Casts e Google Podcast, e agora também no Deezer e You Tube, com a participação deste que lhes escreve. O programa conta ainda com a participação do Marcão do Castelo, famoso por seu blog e pelas aparições em diversos programas de conteúdo do Coelhão. Para ouvir, basta procurar por “Santos Americanos” no campo de pesquisa. As sugestões de pautas e comentários para o programa podem ser enviados pelos perfis no instagram e twitter de @decasweb e @marcaodocastelo e aqui também no blog.



Abraços e até a próxima semana!

Cesar Santos


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(*) Os dados informados relativos à duração de contratos foram obtidos no site Transfermarkt. (https://www.transfermarkt.com.br/)

Foto: América FC

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